terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Novo blogue

Informamos que foi criado um novo blogue para a Diocese de Lichinga. Este será apagado brevemente.

O link para o novo blogue é:
http://diocesedelichinga.wordpress.com/

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Assembleia dos Jovens em Massangulo



Do dia 25 a 29 de Julho de 2011

Na Assembleia, foram referidos os temas: o jovem cristão na família, na educação, na comunidade, na sociedade e nos valores morais e culturais.



 O Jovem Cristão na Educação

Entre todos os meios de educação, tem especial importância a escola, que tem como missão cultivar atentamente as faculdades intelectuais, desenvolver a capacidade de julgar rectamente, promover o sentido dos valores e preparar a vida profissional. Nesta missão de educar deve tomar parte as famílias, os professores, os vários grupos que promovem a vida cultural, cívica e religiosa, a sociedade civil e toda a comunidade humana.
O jovem é a riqueza máxima da escola e dá sentido ao seu papel na sociedade. A escola é e será responsável pela educação das novas gerações, pela qualificação das lideranças que assumirão o poder na sociedade: político, económico, social, educacional e religioso.
Hoje, os alunos são considerados como tendo uma mente aberta e tolerante, mas a escola pode não ser um ambiente favorável para o jovem cristão. Uma das coisas mais difíceis para os cristãos mais jovens pode ser a pressão dos colegas e estar disposto à superação, e destacar-se como ser diferente.
Daí surge a responsabilidade do professor católico que é a de transmitir valores cristãos aos seus alunos, qualquer que seja a disciplina que lecciona. Este deve ser dado, sobretudo, pelo seu exemplo de vida e pela sua competência profissional.
A educação é uma responsabilidade, em primeiro lugar, dos pais. O Estado e a própria Igreja devem complementar essa formação. Mesmo que o filho estude numa escola da rede pública, os pais devem acompanhar. Estes precisam de fiscalizar a escola, porque a responsabilidade da educação dos filhos compete a eles.






 O Jovem Cristão na Sociedade

  A Igreja em África é interpelada hoje a sair decididamente da Igreja e encaminhar-se no meio do povo, onde existem as aberturas e os obstáculos à reconciliação, à justiça e à paz: trata-se da África, a nossa mãe e o nosso futuro. Precisamos de infundir nos jovens o espírito de sacrifício, de solidariedade e de renúncia perante a insistência unilateral sobre os direitos da pessoa humana, particularmente do direito ao bem-estar da liberdade e da felicidade (cfr. 1 ped. 5,5). Consequentemente os jovens serão capazes de estarem abertos ao mundo que lhe rodeia e saberão defender os recursos naturais da sua pátria quando estes forem saqueados duma forma desorganizada.
Por outro lado, a sociedade deve educar os jovens a verem o trabalho como uma fonte e meio para obter um bem-estar pessoal e social: como forma de construir um mundo mais fraterno e solitário para a realização do sentimento de identidade; como forma de o homem colaborar na criação, a qual o criador o associou (cfr. Gn 1,28). Neste caso, hoje é importante revitalizar a Igreja em África, família de Deus: Mas também totalmente ao serviço da paz, da Reconciliação e da Justiça.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

D. ELIO SAUDA TODO O POVO DO NIASSA E SEUS AMIGOS

Caríssimos,
Os melhores votos de Bom Natal e Feliz Ano Novo 2011
Jesus, o Filho de Deus, quis nascer como menino da virgem Maria para mostrar até que ponto o Coração do Pai que o envia, está cheio de amor e quer salvar a humanidade toda da sua frágil condição de pecado.
“E o Verbo se fez Homem e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória: glória do Filho único do Pai cheio de amor e fidelidade”(Jo 1,14).
Depois de alguns anos de silêncio, a revista Diocesana
AS COMUNIDADES DO NIASSA
Ressuscita e quer continuar a sua função de ser uma forma concreta de informação e de formação para todas as missões da nossa Diocese. Sentíamos a falta deste subsídio e nos parecia que cada um de nós estava desamparado.
Os  “autores” desta nova etapa, asseguraram que o revista terá saída cada três meses: espero seja verdade!  É claro que ela , sendo formativa e informativa, terá que ser abastecida pelas novidades de qualquer novidade que julgardes oportuna.
Pedimos a colaboração de todos.
Além da página escrita, ela será publicada no nosso sito internet:
http://www.diocesedelichinga.blogspot.com para os que quiserem coligar-se e ler notícias, acontecimentos, artigos. A revista se apresentará acessível, fresca.
Neste primeiro número condensamos alguns temas que são importantes e que achamos de interesse por todos: as conclusões do nosso Conselho Pastoral  Diocesano ( Cuamba 22/24 Novembro 2010); a revisão das Comissões Diocesanas e sua concreta tarefa; notícias várias da Diocese ; Programa pastoral de formação a todos os níveis nas paróquias da Diocese; a formação permanente do clero, das religiosas e dos leigos; sugestões para as visitas pastorais do próximo ano; possíveis novas nomeações; o Plano Estratégico e informe da Comissão Económica sobre as novas normativas que queremos dar às OBRAS da Diocese; a implementação do DIZIMO.
Nada de estranho, mas alertamos todos acerca da responsabilidade sobre os problemas vitais da nossa Diocese e actuações concretas em vista a uma pastoral de conjunto e da estrada a percorrer para uma real autonomia económica da Diocese no arco dos próximos quatro anos.
A revista quer ser órgão oficial e normativo para todos.
O nosso apelo vai aos padres diocesanos, aos religiosos e religiosas, aos animadores das comunidades e às comunidades cristãs todas da Diocese.
Será muito positivo o diálogo entre as várias equipas missionárias: algumas muito adiantadas na formação dos ministérios e outras muito paradas, tímidas e com falta de iniciativa. Espero muitíssimo das paróquias e párocos que têm abertura e realizam coisas grandiosas nas suas comunidades: serão nosso exemplo e nossa ajuda concreta. A partilha e o diálogo serão a nossa maneira de colaborarmos com força e entusiasmo na construção do Reino de Cristo nas almas e na sociedade.
Na revista teremos espaço para a informação sobre o trabalho da CEM a nível de Moçambique, documentos da Igreja Universal e das Instituições das Conferências episcopais da África Austral ( IMBISA) e das de África inteira ( SECAM).
O nosso caminho é com todos os bispos e comunidades cristãs de África: principalmente agora que queremos todos juntos enfrentar os desafios lançados pela última Assembleia especial do Sínodo dos Bispos sobre a “Igreja em África ao serviço da justiça, da reconciliação e a paz”.
Esperamos quanto antes o documento do Papa que nos lance na maravilhosa aventura do “novo Pentecostes”para a salvação da nossa África: o comboio da evangelização já está a correr e espera que todos subam e todos dêem o seu contributo.
Irmãs e irmãos caríssimos: O menino Jesus que nos foi dado pelo Pai, desperte em nós, mediante o seu Espírito, uma doação alegre e plena à causa do Evangelho.
O vosso bispo
Dom Elio Greselin

Lichinga 27 de Dezembro de 2010

Encontro dos Bispos da África Autral em Pretória - África do Sul

IMBISA  : Associação Inter-regional dos bispos da África Austral

Nos dias 6 a 13 de Dezembro de 2010, reuniram-se em Pretória, na África 
do Sul, 56 Bispos, provenientes da Angola, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Namíbia e Lesoto.
É a nona Assembleia ordinária ( se reúne cada três anos) e tratou os 
temas de “ Ética do trabalho para a promoção da auto-estima”
                  “ Boa governação”
                   “ Desenvolvimento sustentável na África Austral”.

Estes temas dão seguimento aos Encontros da IMBISA  nos anos passados: 
em 2004 (Harare)foi tratado o tema do Auto sustentabilidade.
 em 2007 (Luanda)foi tratado o tema da Boa governação para o
                  desenvolvimento. 
Em ambas as ocasiões foram tomadas decisões que, em forma de cascatas, foram abrangentes até serem implementadas nas nossas pequenas comunidades cristãs.
Ambos os temas, indicavam a necessidade de a Igreja e suas comunidades alimentarem o desejo de trabalharem para elas mesmas no sentido de serem autosustentáveis  ( Plenária 2004) e torná-las modelo na maneira como encarar o trabalho e como esperam que os outros o encarem ( Plenária 2007), por outras palavras, tendo uma Boa Ética no trabalho.
Será que nós na Igreja atribuímos um valor ético ao trabalho?
Como Igreja na Região Austral de África promovemos uma boa ética do trabalho nas nossas comunidades que, por muitos anos, foram colonizadas e ,depois, marginalizadas, por sucessivos governos depois da Independências?
Na Assembleia Plenária deste ano 2010, reflectimos sobre este ponto: A BOA ÉTICA NO TRABALHO como resultado do que foi discutido nos anteriores plenários. 
Historicamente, o trabalho foi visto sob diversos pontos de vista. Muitos estudos foram produzidos e muitas ideias foram trocadas.
Já na Bíblia, depois de Adão e Eva terem desobedecido ao comando de Deus, encontra-se, no trabalho, um caminho de redenção: trabalho visto como purificação, como sofrimento, como dor.
No tempo da escravidão perpetuou-se a ideia de que o trabalho era um castigo de Deus para o mal, feito pelo homem ao longo da história.
Entretanto, algumas correntes filosóficas do Século XIX, descobrem a dignidade do trabalho na aurora da revolução industrial na Inglaterra e na Europa. O trabalho é visto como promoção da dignidade do trabalhador e um bem para a pessoa e sua presença na sociedade.
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Esta corrente positiva sobre o valor e a bondade do trabalho, foram adversadas pelas correntes americanas, australianas, calvinistas, holandesas e pelos boers na África do Sul.
Veio depois o comunismo, o socialismo e os movimentos da assim chamada esquerda: estes movimentos, entre tantas coisas negativas, trouxeram, de facto,  realidades novas e positivas acerca da dignidade do trabalho humano. As correntes católicas e democratas apoiaram este movimento e a Igreja saiu das sacristias e lançou-se decididamente no meio do povo operário, defendendo os direitos dos trabalhadores e promovendo a justiça social e a promoção das classes mais pobres da sociedade.
Aqui na África Austral tivemos a triste experiência do colonialismo.
O colonialismo, mediante o trabalho dos colonizados, perpetuou a ideia do trabalho como marginalização, exploração, humilhação, domínio e opressão. As guerras de libertação nos diferentes Estados hoje independentes, foi também motivada pelas injustiças no tratamento das pessoas colonizadas.
Ainda hoje, no tempo da Independência, as ideias de o trabalho ser considerado como humilhação, marginalização, opressão e castigo não morreram. As nossas sociedades sofrem por estas mentalidades opressoras.
Nos dias 7 e 8 de Dezembro desta Assembleia Plenária em Pretória, foram tratados os temas da “ A Ética do trabalho no período pós-colonial” e “ Boa Ética do trabalho e Boa Governação” com esclarecimentos, comentários e questões.
A minha primeira impressão, como bispo de Lichinga que participava pela primeira vez, ( Os bispos de Moçambique estavam todos presentes!) foi muito enriquecedora e envolveu-me positivamente e emocionalmente.
À margem dos temas propostos, tomei contacto com a situação das várias conferências episcopais  ( principalmente da do Zimbabwe e a situação do seu povo!) e das situações concretas nas quais vive o povo nesta África Austral( A missa de conclusão foi celebrada na Igreja de Soweto, periferia de Joanesburgo, famosa pela resistência contra o apartheid!)  
Fizemos documentos que irão ser publicados e outros que deverão ser apresentados directamente aos governantes dos diversos países: a Igreja e os seus pastores estão muito preocupados e querem entrar na defesa da liberdade e da paz dos povos no meio dos quais vive. Mediante a Nunciatura apostólica da África do Sul e as Instituições da Igreja, é nosso dever de bispos, tentar envolver os governantes dos países da África Austral na governação dos povos a eles confiados:  para garantir a paz, a justiça e a reconciliação.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ASSEMBLEIA DIOCESANA



No dia 22 e 23 de Novembro Realizou-se a Assembleia Diocesana
Participaram nela todos os sacerdotes diocesanos e missionários, animadores das paróquias e comunidades, irmãs e alguns membros de comissões Pastorais, esta teve lugar em Cuamba  e presidida pelo Sr. Bispo da Diocese coadjuvado pelo Vigário Geral Pe. Joaquim Lopes.

O Sr. Bispo abriu a assembleia com palavras esclarecedoras para a compreensão de todos os participantes:
Nesta assembleia não vamos mudar nada do que foram as outras assembleias, as bases serão as mesmas mas, sim vamos trabalhar na organização das paróquias, promovendo a formação a todos os níveis, esta formação será feita pelo pároco e comunidades missionárias que trabalham lá.
 Antigamente a formação era feita em alguns centros o que dificultava a participação mais abrangente do povo de Deus, agora queremos que a formação seja nas suas paróquias para chegar a maior número de pessoas. Cada paróquia deve levar a sério esta formação e o tema tem que ser a palavra de Deus, e a Eucaristia; por isso resumindo: a formação será nestas duas vertentes: - Bíblica e a Eucarística.”
D. Elio chamou a atenção também para os temas do grande “ Sínodo Para a África
Disse ainda: “Para a semana estaremos em Maputo na reunião da CEM depois na África do Sul para estudo e aprofundamento do Sínodo e a grande aposta é fazer chegar estes temas a todos os animadores e ao povo de Deus para serem trabalhados e assimilados”.
Continuando a incentivar todos os participantes D. Elio propôs alguns métodos de evangelização assim como, fazer grupos bem preparados para elaborar e realizar subsídios práticos, para assim poderem chegar a todos, e apelou também aos sacerdotes e à equipa missionária para baixar à realidade do povo fazendo subsídios que eles entendam, por isso, cada paróquia deve ter o seu conselho pastoral e começar a trabalhar os temas que lhes são propostos, já traduzidos  nas  suas próprias línguas para que todos possam compreender bem a palavra de Deus. Verificando, que a grande maioria dos crentes só tem o Domingo disponível, D. Elio apelou aos sacerdotes e equipas missionárias que se dediquem de alma e coração nestes dias em que o povo tem mais tempo disponivel para fazerem a formação.
Terminou estas palavras de abertura, deixando o apelo a toda a Assembleia:" temos que caminhar com a Igreja porque ela não está parada ela caminha sempre".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Viagem apostólica

O Padre Leonardo pároco da Zona do Lago o vai chamar porque está na hora


numa das comunidades proximas D. Elio descansa nesta palhota e retoma forças para a visita


frontaria da Igreja com um lindo azulejo de S. Miguel - Patrono da paróquia de Còbué


     D. Elio prepara-se para a celebração


                                     o povo quer ver a sua Igreja novamente como era e pede ajuda


 

                                                        D. elio visita a Igreja em Ruinas


                                     Celebração ao ar livre por não haver condições na Igreja


D. Elio visita a região do Còbué linda Igreja mas em ruinas, destruida pela guerra civil